Entendendo o cenário em que estamos vivendo
A próxima década promete uma revolução em larga escala em nossas vidas profissionais.
Antes de analisarmos os próximos 10 anos, vamos dar uma rápida olhada no presente – e algo que já foi considerado paradoxal.
Já estamos vivendo a 4ª Revolução Industrial, e muitos empregos já foram atingidos.
Mas vale a pena notar que em 2019 o nível global de desemprego caiu para 4,9%, o nível mais baixo em 39 anos.
Em outras palavras, a alta tecnologia e o alto emprego não precisam ser mutuamente exclusivos.
Estamos vivendo a prova disso hoje.
Dada essa sincronicidade entre emprego e tecnologia, acreditamos que há razões para ter esperança de que os empregos se tornem mais acessíveis, mais flexíveis e mais libertadores nas próximas duas décadas.
Aqui estão cinco mudanças significativas previstas pelos maiores especialistas do mundo:
• A IA – inteligência artificial – e a robótica acabarão criando mais trabalho, não menos. Será muito parecido com hoje.
• Não haverá escassez de empregos, mas – se não dermos os passos certos – falta de talentos qualificados para preencher esses empregos.
• À medida que o trabalho remoto se tornar a norma, as cidades entrarão nas guerras de talentos do futuro. A desconexão entre o trabalho e o local dará às pessoas uma nova liberdade geográfica para morar onde quiserem, e as cidades e regiões metropolitanas competirão para atrair essa nova força de trabalho móvel.
• A maioria da força de trabalho será de freelancers até 2027.
• As mudanças tecnológicas continuarão aumentando, de modo que aprender novas habilidades será uma necessidade contínua ao longo da vida.
A discussão mais construtiva não é se haverá ou não mudanças, mas o que devemos fazer para garantir os melhores e mais inclusivos resultados.
A hora é esta!
Nunca houve uma janela tão grande de oportunidades como a década de 2020 para aqueles que buscarem se requalificar. O WEF – Fórum Econômico Mundial de 2020 –, realizado em Davos, Suíça, aponta que a previsão do relatório “O Futuro dos Empregos”, publicado em 2018, estava correta, e se mantém: surgirão 135 milhões de novos empregos até 2022.
No mesmo período, segundo o relatório, irão desaparecer ou se transformar 75 milhões de empregos, o que gera um saldo de empregos de 60 milhões.
Enquanto o mundo enfrenta os desafios econômicos, sociais e ambientais transformadores advindos da 4ª Revolução Industrial, nunca foi tão importante investir nas pessoas.
A valorização do capital humano não apenas serve para equipar os indivíduos com o conhecimento e as habilidades necessárias para responder às mudanças sistêmicas, mas também para capacitá-los a participar da criação de um mundo mais igualitário, inclusivo e sustentável.
A educação é e continuará sendo fundamental para promover o crescimento econômico inclusivo e proporcionar um futuro de oportunidades para todos.
Mas, à medida que as tecnologias da 4ª Revolução Industrial criam novas pressões sobre os mercados de trabalho, as reformas na educação, na aprendizagem ao longo da vida e nas capacitações serão fundamentais para garantir que os indivíduos tenham acesso à oportunidade econômica, permanecendo competitivos no novo mundo do trabalho, e que as empresas tenham acesso aos talentos de que precisam para os empregos do futuro.
Além disso, o relatório alerta que essas medidas devem ser complementadas pelo repensar estratégico sobre como o trabalho é regulado e quais áreas de criação de emprego podem melhorar os benefícios da sociedade.
E sugere que os países devem trabalhar para aumentar o investimento público e privado para capacitar as pessoas em competências para a 4ª Revolução Industrial e habilidades socioemocionais. Salienta ainda que será preciso rever as regras das relações de trabalho e dos setores que estão prontos para o crescimento e que beneficiam a sociedade, incluindo assistência, educação, água, energia, e infraestrutura digital e de transporte.
Sugerimos que antes de escolher uma carreira, ou pensar em mudar sua atual, leve em consideração esses setores emergentes.
Essas 4 tendências estão moldando o futuro do seu trabalho
Seja você um otimista apontando previsões de criação de empregos ou se preocupando com a possibilidade de um robô estar atrás do seu trabalho, uma coisa é certa:
o mundo do trabalho está passando por um período de mudanças sem precedentes nas mãos das máquinas; automação e inteligência artificial (IA) são os novos garotos no setor dos empregos.
Os empregadores precisam mais do seu pessoal do que nunca para se manterem relevantes e competitivos.
Da mesma forma, os funcionários esperam – até exigem – mais das organizações para as quais trabalham.
Recentemente, uma pesquisa global com 5.000 profissionais de recursos humanos e gerentes de contratação, combinada à análise comportamental de dados conduzida pelo LinkedIn, revelou as quatro tendências que provavelmente afetarão os próximos anos de sua carreira e o percentual de entrevistados que validaram:
1ª – Habilidades socioemocionais – 91% dos entrevistados
O termo “habilidades socioemocionais” dificilmente faz jus à complexa combinação de capacidades que descreve: empatia, inteligência emocional, criatividade, capacidade de colaborar e se comunicar, para citar apenas alguns.
Embora nunca tenham sido tema de MBAs e PhDs, as habilidades socioemocionais agora são mais importantes do que nunca.
Tanto é assim que 92% dos entrevistados pelo LinkedIn dizem que as estas habilidades estão crescendo em importância para o sucesso nos negócios, 80% dizem que perceberam que são importantes para o crescimento da empresa, enquanto 89% destacam a falta de tais habilidades entre os contratados de sua organização.
Segundo o relatório, isso já está acontecendo, e por isso estamos sentindo o desemprego aumentar tanto. As pessoas que perderam seus empregos nos últimos 5 anos estão tentando voltar ao mercado com as mesmas competências e habilidades socioemocionais que tinham quando os perderam.
O WEF – Fórum Econômico Mundial – todos os anos publica a relação das 10 competências e 10 habilidades socioemocionais que mais serão demandadas. Saiba mais em nosso Blog. já atualizamos as duas relações.
2ª – Trabalho flexível – 72% dos entrevistados
Não faz muito tempo, trabalhar em casa era raro – e era visto como uma grande vantagem. Hoje em dia, é muito mais comum. “A flexibilidade do trabalho está se tornando a norma", diz Jason Phillips, vice-presidente de RH digital e chefe de equipe global da Cisco.
"O desafio é a rapidez com que as organizações podem fornecê-lo."A tecnologia é parcialmente responsável por essa mudança de expectativa.
Desde e-mails e mensagens instantâneas, até chamadas em conferência e plataformas sociais de negócios, nunca foi tão fácil manter contato com colegas de trabalho.
3ª – Acabar com o assédio e o bullying – 71% dos entrevistados
Os empregadores têm uma obrigação moral de proteger seus funcionários contra o bullying e todas as formas de assédio. Em alguns casos, eles também têm uma obrigação legal. Mas você precisa promover uma cultura corporativa segura e solidária, se quiser que suas políticas antiassédio sejam bem-sucedidas.
O assédio sexual é uma praga no local de trabalho que afeta todos os setores da indústria em todos os países, afetando pessoas de todas as faixas de renda e níveis de escolaridade e desempenho profissional. Com demasiada frequência, aqueles que são alvo de assédio acham extremamente difícil falar.
4ª – Acabar com o sigilo dos salários – 53% dos entrevistados
A organização de pesquisa PayScale perguntou a 93.000 empregados o quão bem eles pensavam que estavam sendo pagos, em relação ao mercado de trabalho em geral. Dois terços estavam errados em sua avaliação, e a maioria deles acredita que está sendo mal paga. O problema aqui é que, embora ninguém saiba como todo mundo está sendo pago, há uma tendência a assumir o pior sobre sua própria taxa de pagamento. Isso gera suspeita, negatividade e insatisfação. Mas a tendência ao sigilo pode estar chegando ao fim. Segundo o LinkedIn, houve um aumento de 136% desde 2014 na transparência salarial no conteúdo compartilhado em sua plataforma.
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