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Ivan Castro

Uma nação infeliz - 72% são infelizes no trabalho

Atualizado: 31 de mar. de 2020


Segundo uma pesquisa da Isma-Brasil, associação que visa combater o estresse, 72% dos profissionais estão infelizes no emprego. As principais razões apontadas pelos pesquisados estão relacionadas às habilidades socioemocionais:

  1. Excesso de pressão e cobrança;

  2. Dificuldade em ver perspectiva de crescimento;

  3. Qualidade da liderança e das relações interpessoais;

  4. Incompatibilidade de valores.

O impacto social de uma vida profissional infeliz transpassa os muros das empresas. Trata-se de uma questão sistêmica que irá afetar os quatro pilares do emocional: pessoal, existencial, motivacional e profissional.

Acreditamos que profissionais infelizes são pais, cônjuges e pessoas infelizes, e isso afeta a sociedade como um todo. Tamanha infelicidade, já se sabe, leva a transtornos psicológicos, como depressão, ansiedade e burnout (a maneira de o corpo dizer “basta”).

Outra pesquisa realizada no mesmo período pela Gallup, nos Estados Unidos, revelou que 77% das pessoas odeiam o seu trabalho. Herman Group identificou que no mesmo país, 30% já se despediram “mentalmente” dos seus empregos e só pensam em arrumar um outro trabalho (melhor).

As relações humanas, especialmente as lideranças, foram apontadas como o principal fator da infelicidade.

O impacto de tamanha infelicidade pode ser visto nos relatórios da OMS – Organização mundial de Saúde, que apontam 240 milhões de pessoas convivendo com a depressão no mundo, embora especialistas acreditem que esse número passe de 300 milhões.


A depressão é a principal causa de incapacidade em todo o mundo e contribui de forma importante para a carga global de doenças, sendo as mulheres são mais afetadas que os homens.



Há um equívoco comum de que todos precisaremos desenvolver habilidades altamente tecnológicas ou científicas para ter sucesso.

No entanto, embora seja necessário que as pessoas trabalhem com a tecnologia, também estamos vendo uma necessidade crescente de se desenvolverem habilidades especializadas para como elas interagem.


Isso inclui criatividade, colaboração e dinâmica interpessoal, além de habilidades relacionadas a funções especializadas em vendas, recursos humanos, assistência e educação.

A valorização do capital humano não apenas serve para equipar os indivíduos com o conhecimento e as habilidades necessárias para responder às mudanças sistêmicas, mas também os capacita a participar da criação de um mundo mais igualitário, inclusivo e sustentável.


A educação é e continuará sendo fundamental para promover o crescimento econômico inclusivo e proporcionar um futuro de oportunidades para todos.




Vamos testemunhar mais mudanças tecnológicas na próxima década do que vimos nos últimos 50 anos. Os avanços em todas as ciências – da robótica e da genética às comunicações e às ciências sociais – não deixarão nenhum aspecto da sociedade global intocado.

Para que a humanidade desfrute todos os benefícios advindos das novas tecnologias e não deixe que os avanços tecnológicos transformem milhões de pessoas em desempregados e/ou inúteis dentro da 4ª Revolução Industrial”, precisaremos de uma ação global denominada Revolução da Requalificação”, relatório apresentado no dia 21 de janeiro de 2020, durante o Fórum Econômico Mundial de 2020, realizado em Davos, na Suíça.

As pessoas não podem ser deixadas para trás. Precisamos investir em competências e habilidades socioemocionais para prolongar a vida útil dos atuais empregados.

Acreditamos que este cenário é resultado de uma deficiência na aprendizagem socioemocional (ASE).


Por que investir em ASE – Aprendizagem Socioemocional?


ASE é o processo que tem sido frequentemente usado como um termo genérico para representar uma ampla gama de habilidades não acadêmicas pelo qual as pessoas:

1. entendem e gerenciam emoções;

2. estabelecem e alcançam objetivos positivos;

3. sentem e mostram empatia pelos outros;

4. estabelecem e mantêm relacionamentos positivos;

5. tomam decisões responsáveis.

A ASE aumenta a capacidade das pessoas de integrar habilidades, atitudes e comportamentos para lidar de maneira eficaz e ética com as tarefas e os desafios diários. Essas habilidades e competências se desenvolvem ao longo de nossas vidas e são essenciais para o sucesso na escola, no trabalho, no lar e na comunidade.

Um estudo realizado pela Columbia University demonstrou que o retorno médio do investimento para seis programas baseados em evidências é de 11 para 1, ou seja, para cada dólar investido há um retorno de US$ 11.

A aprendizagem socioemocional (ASE) tem impacto diretamente na economia e no IDH - índice de desenvolvimento humano do país. Seis das 10 principais habilidades identificadas pelo Fórum Econômico Mundial 2020 envolvem competências socioemocionais.

Em outra pesquisa, 92% dos executivos pesquisados ​​afirmam que habilidades como resolver problemas e se comunicar claramente são iguais ou mais importantes que as habilidades técnicas. Empresas como Allstate, Bank of America e Google estão priorizando a ASE.

Uma ampla gama de cientistas, entre eles um grupo da Universidade de Harvard e Yale, concordam: a ASE é importante, é factível e tem impacto. Pesquisa realizada nos EUA constatou que 81% dos pais acreditam que a ASE é tão importante quanto o aprendizado acadêmico.

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